Um homem que devia dinheiro a um traficante da região de Araçariguama disse à Polícia Civil que o assassinato de Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, ocorreu por engano. Segundo ele, que foi incluído no programa de proteção à testemunha do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a vítima tinha características semelhantes às de sua irmã. Ele confirmou que também traficava e devia dinheiro a um outro traficante que costumava punir integrantes da família dos devedores. Nesta terça-feira (3), delegados do DHPP entregaram o depoimento da testemunha em Mairinque, por onde o inquérito segue.
Até agora, três pessoas foram indiciadas por homicídio doloso por suspeita de participação no caso, o servente de pedreiro Júlio César Lima Ergesse e o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes, todos de Mairinque. O caso corre sob segredo de Justiça.
O homem que prestou depoimento afirmou que conhece o casal de cobranças no tráfico e o servente foi apontado pela testemunha como usuário de drogas.
O caso
Segundo peritos do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil de São Paulo, Vitória Gabrielly Guimarães Vaz morreu por asfixia. A menina tinha uma meia na boca.
Ela desapareceu no dia 8 de junho, em Araçariguama, depois que saiu de casa de patins, em direção à escola em que estudava. Por oito dias, tanto os moradores da cidade, quanto da região, inclusive Barueri, se engajaram nas buscas pela menina, com cartazes e folhetos com fotos da desaparecida, além de campanha nas redes sociais.