Polícia investiga suspeita de bebida envenenada na morte de quatro moradores de rua em Barueri
Grupo foi socorrido na manhã de sábado (16), após passar mal, próximo à Praça das Bandeiras. Outras três vítimas não correm risco de vida; um quarto, que tomava medicamento controlado, é o caso mais grave. Bebida que passa por perícia teria sido recebida na região da Cracolândia
Uma tragédia marcou o início da manhã deste sábado (16), próximo à Praça das Bandeiras, na região Central de Barueri. A GCM foi acionada por volta das 8h20, com a informação de que um grupo de moradores de rua passavam mal.Quando chegaram ao local, os guardas encontraram quatro pessoas já em convulsão.
A PM quatro ambulâncias, além da viatura do Corpo de Bombeiros, chegaram ao local para socorrer as vítimas. Levadas ao Sameb, quatro delas, entre 39 e 49 anos, entraram em óbito momentos depois, são eles: Edson Sampaio da Silva, Luiz Pereira da Silva, Marlon Alves Gonçalves, Denis da Silva. Os corpos foram levados para o IML de Osasco. A ocorrência foi registrada na Delegacia Central como “morte suspeita”.
Os outros quatro sobreviventes, entre eles uma mulher, permanecem internados no Sameb, sendo três deles sem risco de vida e um quarto caso mais grave foi transferido para um hospital, já que a a vítima tomava medicamento controlado e precisa de mais cuidados.
“Lamentável essa notícia, uma tristeza essas mortes. Barueri é cercada de câmeras e já passamos para o DP todas as imagens que possuímos dessa região, podemos garantir que nenhum carro se aproximou e deu garrafa alguma para o grupo”, ressaltou a secretária de Segurança de Barueri, Regina Mesquita, que acompanha o caso desde os primeiros momentos.
Ela diz que em contato com um dos sobreviventes, ainda na tarde de sábado, soube que um deles passou a noite na região conhecida como Cracolândia, na Capital, e que após isso se utilizar de crack e cocaína, parou em um semáforo para pedir dinheiro, ainda em São Paulo. “Ele nos contou que o motorista de um carro passou em um farol e disse, ´não tenho dinheiro, mas pode levar a bebida’, e teria dado uma garrafa de pinga Corote para o rapaz”, contou.
A secretária explicou que a cidade tem albergues para os moradores de rua que “aceitam a acomodação” e que todos as outras pessoas do grupo teriam dormido em um desses locais. “Menos um que tem casa e vem para a rua pela manhã e esse outro que foi para São Paulo”.
Envenenamento
Regina disse que não pode confirmar que a bebida estava envenenada, “até porque precisam passar por perícia as três garrafas de bebidas alcoólicas encontradas com o grupo, e que seguiu para o Instituto de Criminalística em São Paulo”, mas que todas as providências serão tomadas para se esclarecer o crime. “Os policiais do DP já estão cuidando do caso e temos o serviço reservado da GCM que também atuará no que for preciso”, disse.