Um homem, vítima de sequestro, foi libertado pela Polícia Civil em Barueri, na noite de quarta-feira (5). A vítima de 33 anos caiu no chamado ‘golpe do amor’, modalidade em que criminosos marcam falsos encontros por aplicativos de relacionamento para sequestrar os alvos após emboscadas.
A vítima foi mantida refém por 24 horas em Barueri, o endereço não foi divulgado. No local, a Polícia ainda prendeu em flagrante um suspeito, de 27 anos, por extorsão e associação criminosa.
De acordo com ele, no sábado (1º) começou a conversar com uma mulher pelo app de relacionamentos Inner Circle. Houve troca de áudios, fotos e vídeos.
O sequestro
Após as conversas, combinaram de se encontrar. O homem foi até a suposta residência da mulher e enviou uma mensagem para avisar que havia chegado. Ela respondeu que estava no banho e que ele poderia entrar.
Quando ele desceu para tentar entrar na casa, dois suspeitos se aproximaram e o renderam, e anunciaram o sequestro. A vítima foi colocada no banco de trás do carro, e um deles assumiu a direção do veículo e seguiu para o cativeiro.
A todo momento, os homens pediam que ele ficasse quieto e diziam que o libertariam depois de fazer as transferências. Durante o sequestro, que durou cerca de 24 horas, a vítima chegou a perder pelo menos R$10 mil.
Enquanto estava no cativeiro, ele chegou a ver cinco criminosos. Ficou com os pés e as mãos amarrados e com uma meia na boca.
Ação da polícia
A Secretaria da Segurança Pública, policiais civis do Dope e da Delegacia Seccional de Carapicuíba realizaram investigações após a família da vítima notificar o sumiço. A Polícia montou um cerco e, próximo à casa, havia dois homens que ficaram nervosos com a aproximação dos policiais. Desconfiados, os agentes foram averiguar. Nada de ilícito foi encontrado, mas os policiais decidiram invadir a residência.
Eles localizaram o homem amarrado na cama do cativeiro e prenderam um suspeito que fazia a segurança do local. Foram apreendidos objetos. A polícia trabalha com a hipótese de ser uma quadrilha composta de até dez pessoas, com diferentes funções.
Para o delegado Tarcio Severo, titular da 3ª Delegacia da Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Especiais (Dope), a percepção é que crimes desse tipo estão em alta. “Verificamos uma semelhança com um outro caso, de sexta-feira, que nós havíamos atendido e a vítima também foi libertada. Vimos que se tratava do mesmo padrão de conduta, o mesmo modus operandi, e fizemos uma diligência em locais que batiam com o outro caso”, explica Severo.