Funcionária da Secretaria de Segurança de Barueri, Lídia Micaela da Silva Sotero, de 23 anos, foi morta pelo companheiro na madrugada de terça-feira (10), na residência onde vivia o casal, no Engenho Novo. A vítima era guarda patrimonial municipal e trabalha internamente no Centro Integrado de Monitoramento Integrada, na sede da secretaria.
Segundo investigações preliminares, o autor do feminicídio seria Douglas da Silva Adriano Ramos, de 21 anos, que asfixiou a vítima depois de espancá-la. Ramos está foragido. Familiares relataram que o casal, que tem uma filha de três anos, discutia com frequência, mas não souberam dizer de outros episódios de violência.
A Secretária de Segurança e Mobilidade Urbana de Barueri, Regina Mesquita, classificou a morte como um “crime bárbaro traduzido no desfecho final de uma tragédia que se anuncia no cotidiano de mulheres atormentadas pelo fantasma cíclico da violência”. Para ela, uma violência diária, silenciada, mascarada pelo estado e “invisível” aos olhos da sociedade. “Essa violência tem raízes: o machismo estrutural naturalizado nos discursos e brincadeiras diárias, aclamado e reproduzido por todos aqueles que se beneficiam dessa estrutura de manutenção de poder e diferenciação entre homens e mulheres. Para a construção de uma sociedade mais justa, não deixemos que calem nossa voz, que tirem as nossas vidas. Somos todas Lídias”, disse em nota.