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quinta-feira, 21 novembro 2024
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Furto no Arsenal de Barueri: cabo investigado apresenta laudo psiquiátrico

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Apontado como um dos principais suspeitos no furto de 21 armas no Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, um cabo militar apresentou um atestado médico após sua ausência do quartel, acompanhado do advogado, na sexta-feira (27).

O militar era motorista do ex-diretor da unidade, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, que foi destituído de sua função após o roubo das armas, apesar do Exército afirmar que o oficial não é suspeito de envolvimento no crime.

Segundo informações preliminares, o cabo teria usado um veículo que pertencia ao diretor da unidade para transportar as armas para fora do quartel. Ele e outros seis militares são suspeitos de envolvimento direto no roubo das armas, e o Exército solicitou a prisão preventiva deles ao Superior Tribunal Militar, mas até o sábado (28), nenhum deles havia sido detido. As investigações e procedimentos relacionados ao caso estão sob segredo, de acordo com a decisão do juiz da 2ª Auditoria da 2ª CJM (Circunscrição Judiciária Militar).

Caso sejam presos, os militares podem ser detidos no 2º Batalhão de Polícia do Exército em Osasco. onde existem celas disponíveis. Eles podem permanecer lá até a conclusão do inquérito ou até que uma transferência seja solicitada.

Punições

Outros 19 militares receberam punições administrativas, com penas variando de 1 a 20 dias de detenção dentro da própria unidade em Barueri. Embora não fiquem em celas, eles enfrentam restrições de circulação no local, e essa punição pode afetar sua progressão na carreira militar.

Esses 19 militares cumprem a punição disciplinar devido a “falha de conduta e/ou erro de procedimento nos processos de fiscalização e controle de armamento”.

Das 21 armas furtadas, 17 foram recuperadas pelas polícias do Rio de Janeiro e de São Roque. Quatro metralhadoras com capacidade antiaérea ainda estão desaparecidas.

Investigação

Até agora, o apurado mostra que o furto ocorreu nas primeiras horas do feriado de 7 de setembro, quando o quartel estava vazio. As câmeras de segurança e o alarme do paiol foram desativados após o circuito de energia do Arsenal de Guerra. Isso permitiu que pelo menos três militares, incluindo o cabo que apresentou o atestado médico, atuassem para romper o cadeado que guardava as armas e as transportassem em um veículo do Exército para fora do quartel.

O desaparecimento das armas foi notado apenas em 10 de outubro, quando o cadeado e o lacre do local foram encontrados alterados. Após a descoberta, os 480 militares do Arsenal de Guerra de São Paulo ficaram confinados por uma semana, com a liberação gradual até a terça-feira (24), quando os últimos 40 militares retidos foram autorizados a sair.

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