O governador de São Paulo, João Dória, colocou o estado em situação de alerta para casos de dengue. De acordo com números da Secretaria de Saúde, nos primeiros 15 dias do ano já foram registrados 610 casos da doença. Em 2018, em todo o mês de janeiro foram 888 casos registrados.
Neste ano, a presença do vírus do sorotipo 2 já foi confirmada em pelos menos 19 cidades das regiões Norte e Nordeste do estado, o que exige ainda mais atenção. “Esse vírus tende a provocar casos clinicamente mais graves da doença em pessoas que já foram infectadas com outros sorotipos”, explica o Biólogo Horácio Manuel Teles, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).
Para ele, é possível que o crescimento dos casos da dengue em 2019 tenha relação com a redução dos cuidados que visam o controle dos criadouros nos ambientes domésticos, como também das ações de responsabilidade das diferentes instâncias de governo.
No entanto, a Secretaria de Saúde ainda não considera as infecções pelo sorotipo 2 uma epidemia. “Mas é preciso que as campanhas de prevenção à proliferação do mosquito Aedes aegypti e de conscientização para esse novo vírus sejam reforçadas entre a população, especialmente nas regiões onde já há registros”, alerta o Biólogo do CRBio-01.
Como ainda não se descobriu uma forma eficiente de combate ao mosquito, o melhor remédio continua sendo a prevenção, ou seja, a redução das possibilidades da criação e reprodução do Aedes. Para evita-lo, o especialista lembra alguns cuidados que devem ser tomados para não criar ambientes propícios à reprodução do mosquito:
– Tonéis e caixas d’água devem estar bem fechados;
– Fazer a manutenção periódica da limpeza das calhas;
– Armazenar garrafas com a boca para baixo;
– Utilizar tela nos ralos;
– Manter lixeiras sempre bem tampadas;
– Colocar areia nos pratos de vasos de plantas;
– Limpar os bebedouros de animais com escova ou bucha;
– Acondicionar pneus em locais cobertos;
– Eliminar água sobre as lajes;
– Eliminar detritos e entulhos em quintais e jardins.