Relacionamento abusivo é quando há predominância de poder sobre o outro; é o desejo de controlar o parceiro. Geralmente esse comportamento começa de modo sutil até que, aos poucos, ultrapassa limites e causa sofrimento e mal-estar. Esse foi o tema que prendeu a atenção de mulheres e até mesmo de homens, na manhã de segunda-feira (dia 11), durante a palestra proferida pela psicóloga Vânia Santos na UBS Dra. Elisabete Izilda Duleba, do Chácaras Marco.
A ação faz parte da programação especial preparada pela Coordenadoria de Ações Básicas da Secretaria de Saúde de Barueri em alusão ao Mês da Mulher, realizada em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), cada qual abordando diferentes assuntos de interesse feminino.
“Eu foquei mais nas características que configuram uma relação abusiva, porque é muito sutil. A pessoa que está envolvida nesse relacionamento abusivo já está tendo uma dependência emocional e não consegue perceber”, destaca Vânia. Ela também explicou que esse tipo de abuso não ocorre apenas entre cônjuges, mas também entre pais e filhos, irmãos e outros personagens de convívio familiar.
Tudo começa com violência psicológica
A psicóloga frisou que a agressão física costuma ser uma consequência de relacionamentos abusivos, baseados em violência psicológica, como manipulação, sufocamento e diminuição da autoestima, por exemplo. Ela também alertou que há vários tipos de abusos: emocional, econômico, físico e sexual, dentre outros.
A dona de casa Gercina Maria de Jesus, de 56 anos, assistiu è palestra junto com seu marido e disse ter valido a pena a experiência. “Gostei muito porque eu mesma nunca passei por isso, mas já tive uma irmã que apanhava muito do marido e escondia do meu pai. Hoje é completamente diferente, a lei está dando muito apoio para a mulher porque muitas mulheres sofrem. Seria bom se vários homens estivessem escutando isso porque pelo menos eles se tocariam de como é a vida”, declarou a munícipe.
No final da palestra, Vânia mostrou um vídeo com relatos de mulheres de diferentes faixas etárias vítimas de relações abusivas e como conseguiram se libertar. A equipe de enfermagem da UBS reforçou que está à disposição de quem precisar conversar sobre esse e outros assuntos, para que ninguém fique calado diante de uma situação de opressão.
“Precisamos que vocês sejam multiplicadores dentro da sua comunidade porque nós temos que diminuir esses índices de violência contra à mulher”, apelou a enfermeira Nadja Emanuelle Costa Lima.
Para denunciar violência contra a mulher é só ligar no 180.