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sexta-feira, 22 novembro 2024
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No Dia Mundial da Saúde, profissionais da linha de frente de Barueri relatam o cenário do combate à Covid-19

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Em Barueri, 17.558 pessoas se contaminaram desde o início da crise sanitária, em março de 2020; cidade registra média diária de 10 mortes

Nesta quarta-feira, 7 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Saúde, num cenário em que o Brasil ultrapassa a marca de quatro mil mortes diárias pela Covid-19, totalizando 337.364 vidas perdidas em 1 ano e 27 dias de pandemia.

Em Barueri, 17.558 pessoas se contaminaram desde o início da crise sanitária e 636 morreram em decorrência da doença. De acordo com o último boletim divulgado pela prefeitura, nesta terça-feira (6), 233 baruerienses estão internados na cidade sob os cuidados dos profissionais da rede municipal de saúde. A média de óbitos diários na cidade é de 10 mortes.

A reportagem falou com alguns dos profissionais que atuam na cidade e o cenário é de luta e fé, mesmo diante do avanço da doença.

A técnica de enfermagem Kátia Salles, de 43 anos, que atua na UBS do Jardim Belval, diz que não é possível normalizar as mortes diárias. “Ainda me assusto com as altas taxas de mortalidade. Aos meus colegas peço para terem força e continuarem trabalhando e lutando diariamente para oferecer o amparo e assistência a todos os pacientes que se encontram em um momento tão frágil. Aos pacientes, conscientização de sua parte nessa batalha e empatia pelo luto de diversas famílias afetadas”, afirma.

A rotina dos profissionais também ficou sobrecarregada, ressalta a enfermeira Madalena Gonçalves, de 42 anos, que já atuou na UBS Benedicta Carlota, no Jardim Silveira, e no Polo de Atendimento à Covid, na UBS Reginalice. “A enfermagem sempre esteve na linha de frente na luta contra as mais diversas epidemias com muito empenho, mas com a Covid-19, o psicológico ficou abalado por encarar de perto a morte de tantas pessoas, muitas delas conhecidas. É impactante conviver diariamente com um vírus desconhecido e extremamente agressivo”, desabafa Madalena.

Autoridades em saúde do mundo alertam para a importância em seguir as recomendações preventivas contra o coronavírus. Manter o distanciamento social, higienizar as mãos com frequência e utilizar a máscara corretamente continuam sendo medidas necessárias para conter a pandemia, além da vacina.

Com essa narrativa, a assistente social de Barueri, Danila Martelli, de 35 anos, que atua no Hospital do Jardim Paulista – PS Vanderson Cesar de Almeida, contou um pouco de sua rotina. “Com a intervenção e articulação do Serviço Social, estabelecemos um serviço de teleatendimento, voltado para o contato com as famílias dos pacientes internados , repassando as informações clínicas diárias pela equipe médica. Também somos responsáveis pelas visitas virtuais (chamadas de vídeo) aos pacientes das unidades semi-intensiva e daqueles pacientes que não possuem habilidades no uso do aparelho celular e o suporte aos próprios profissionais da saúde, cuidar de quem cuida, nesse momento é imprescindível”.

(Foto: Arquivo Pessoal/Danila Martins Martelli)

Diante de tanta dor, Danila faz um apelo. “Muitas pessoas só compreendem a dimensão dessa luta quando um familiar é hospitalizado. Acreditem que de fato o vírus é avassalador e sigam à risca as orientações das autoridades de saúde”, finalizou.

 

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