Até o dia 1º de abril, o imunizante BCG tinha a menor cobertura vacinal em Barueri, chegando a 15,78%
A procura por vacinas para prevenir outras doenças teve uma queda considerável no país por conta da pandemia da Covid-19. Barueri tem acompanhado essa mesma tendência.
De acordo com dados do Programa Nacional de Imunização (SIPNI), disponibilizados pela prefeitura, neste ano, até o dia 1º de abril, o imunizante BCG tinha a menor cobertura vacinal, chegando a 15,78%.
A vacina Meningocócica C (conjugada 2ª dose) aparece em segundo lugar com 27,82% de cobertura. Em seguida vem a Poliomielite (3ª dose) com 28,43%.
À reportagem, a gestão explicou que um dos fatores que colaboram para esta queda é a pandemia de coronavírus, uma vez que a população em isolamento social não compareceu nas salas de vacinas.
“Além disso, outro motivo relevante que interferiu neste contexto foi que, atualmente, em virtude do próprio sucesso do Programa Nacional de Imunização, problemas de saúde pública do passado como poliomielite e sarampo, passaram não preocupar mais a população, pois deixaram de serem visíveis”, apontou a prefeitura.
Novos surtos
De acordo com Claudia Anagusko, membro do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), a queda na imunização aumenta a probabilidade de novos surtos de outras doenças.
“A vacinação tem o poder de evitar várias doenças, as complicações decorrentes delas e até mesmo a morte. E é importante seguir o calendário vacinal em todas as idades, pois algumas vacinas não geram proteção permanente, necessitando reforços ao longo da vida, para que o sistema imune volte a produzir uma resposta imunológica adequada contra o agente causador da doença”, explicou a especialista.