Chegada do Verão acende alerta para casos de câncer de pele

Em fase inicial, tumor se parece com pintas, precisando de biópsia (Agência Brasil/Fernando Frazão)

Com a chegada do verão, que inicia no próximo dia 21, aumentam as atividades realizadas ao ar livre. A radiação solar incide com mais intensidade sobre a Terra, aumentando o risco de queimaduras e surgimento de pintas que podem desencadear o câncer de pele. De janeiro até setembro deste ano em Barueri, 30 pessoas foram diagnosticadas com a doença.

Geralmente, pintas, sardas ou sinais surgem por dois fatores: herança genética e excesso de sol. Uma grande exposição aos raios solares pode causar câncer de pele.

Segundo o médico dermatologista José Jabur da Cunha, da Alta Casa Clínica Médica, na capital paulista, algumas pessoas são mais suscetíveis à doença do que outras. Um dos fatores que fazem diferença é a cor da pele. “Indivíduos com predisposição genética e aqueles com a pele, os cabelos e os olhos muito claros acabam desenvolvendo mais pintas no decorrer da vida por tolerarem pouco a exposição solar. Com isso, têm mais risco de adquirir câncer de pele”, disse.

Existem alguns tipos de tumor. O mais agressivo é o melanoma. Nas fases iniciais, ele se parece com uma pinta comum, mas, ao se desenvolver, assume características bem diferentes. “É por causa do melanoma que nós, dermatologistas, estamos sempre de olho nas pintas, porque o tumor, quando em fase inicial, se parece muito com uma, mas na verdade não é. Para diferenciar uma coisa da outra é que deve ser feito o exame dermatológico com regularidade e, quando necessária, uma biópsia”, ressalta o especialista.

No entanto, o câncer de pele não é exclusividade das peles mais claras; negros também correm risco. Em indivíduos de pele negra, o melanoma aparece mais frequentemente nos pés e nas mãos. “Muitas vezes é uma mancha escura ou preta que aparece nos dedos ou na região palmar e plantar e vai crescendo com o passar dos anos”, informa Jabur.

Cidade
A Secretaria Municipal de Saúde de Barueri contabilizou quatro óbitos pela doença na cidade neste ano. Ao longo de 2017, 30 pessoas também foram diagnosticadas com câncer de pele, sendo que duas delas foram à óbito.

Segundo a administração municipal, a faixa etária predominante da doença é entre 50 e 80 anos. Cerca de 70% dos casos são do gênero masculino.