Nos cinco primeiros meses deste ano, o Estado de São Paulo anotou crescimento de 24,5% na quantidade de pacientes infectados por meningite, em comparação a mesma época do ano anterior. As confirmações passaram de 1.363 para 1.698, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
O cenário não é diferente em Barueri. De janeiro a junho de 2023, o número de casos da doença aumentou 147% na cidade, em relação ao mesmo período de 2022.
Segundo a prefeitura, foram registradas 42 ocorrências entre os dias 1º de janeiro e 30 de junho de 2023, ante 17 no ano passado.
A Prefeitura de Barueri afirmou em nota que nos últimos anos houve uma redução na adesão à imunização de diversas doenças, incluindo a meningite. Esse declínio na cobertura vacinal contribuiu para o aumento do número de casos de um ano para o outro.
A Secretaria de Saúde reforça a importância da população em manter o calendário de vacinação contra a meningite em dia.
O Calendário Nacional de Vacinação disponibiliza cinco vacinas contra a meningite no Sistema Único de Saúde (SUS): vacina BCG, Pentavalente, Pneumocócica 10-valente (conjugada), Meningocócica C (conjugada) e Meningocócica ACWY (conjugada).
A Meningocócica ACWY (conjugada) é oferecida como reforço ou dose única, dependendo da situação vacinal de cada indivíduo, para crianças de 11 e 12 anos. Além disso, será aplicada em adolescentes de 13 e 14 anos até o dia 31 de dezembro de 2023.
A vacina está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), confira os endereços e os horários de atendimento.
Transmissão e prevenção
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Nos períodos de outono e inverno o mais comum é a ocorrência das meningites bacterianas, e na primavera e no verão é das virais.
Os principais sintomas da doença são: febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, náusea, vômito, falta de apetite, irritabilidade, sonolência ou dificuldade para acordar do sono, letargia (estado físico em que a pessoa apresenta níveis de energia abaixo do normal) e fotofobia (aumento da sensibilidade à luz).
Em geral, a transmissão ocorre de uma pessoa para outra, por vias respiratórias, gotículas e secreções do nariz e da garganta, além da fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados e contato com fezes.
Entre as medidas preventivas estão higienizar as mãos com frequência, assim como ventilar os ambientes, cobrir a boca e o nariz ao espirrar e tossir e evitar compartilhar copos, talheres, escovas de dente e objetos de uso pessoal.