O Ministério da Saúde solicitou que todos os municípios brasileiros atinjam a meta de 95% de crianças vacinadas contra a paralisia infantil. O alerta veio após uma criança não vacinada na Venezuela contrair o vírus da poliomielite no início do mês. Em Barueri, a cobertura vacinal é 107,48 %, considerada satisfatória. Porém, o número de munícipes que tomaram a segunda fase da vacina é menor do que o registrado na primeira etapa.
Atualmente, a vacina da poliomielite é administrada em duas fases: na primeira, é dada três doses da vacina inativada (aos dois, aos quatro e aos seis meses). Na segunda, crianças recebem o “reforço”, a vacina oral contra a paralisia aos 15 meses e aos 4 anos.
Segundo a administração municipal, neste ano foram aplicadas 7.476 vacinas na primeira etapa. Já na segunda, 7.203 crianças receberam as doses, uma redução de quase 4% na adesão.
As doses das vacinas estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúdes (UBS’s) do município. Em nota, a gestão informou que “não foi verificada a necessidade de estratégias de intensificação até o momento”.
Doença
A poliomielite, também chamada de paralisia cerebral, é uma doença infectocontagiosa grave e caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito e evolução rápida. Ela atinge principalmente os membros inferiores e tinha sido erradicada do país e de todo o continente latino-americano desde 1994.
Para a presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Luciana Rodrigues Silva, a notificação sobre o vírus não é para pânico, porém necessita atenção. “A poliomielite é uma doença que deixou lembranças dolorosas. Foi corrente no Brasil e, graças ao esforço conjunto de todos, com participação ativa dos pediatras, foi erradicada. Por isso, é preciso estar atentos, vigilantes, para que ameaças externas não comprometam o bem-estar do nosso povo”, disse.