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terça-feira, 26 novembro 2024
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Barueri alerta para a importância das duas doses da vacina contra a dengue 

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Até 5 de novembro deste ano, o Estado de SP registrou mais de 2 milhões de casos e 1.899 óbitos provocados pela dengue. Atenta ao cenário, Secretaria de Saúde de Barueri alerta sobre a importância das duas doses da vacina contra a dengue, que atualmente está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade para crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos. De acordo com a gestão, Barueri vacinou cerca de 4 mil jovens com a primeira dose, mas a adesão para a segunda dose está sendo muito baixa.  

“Nós tivemos apenas 700 jovens que voltaram para completar a proteção vacinal com as duas doses determinadas. Está havendo uma discrepância muito grande entre o número de pessoas que tomaram a primeira dose e o que não voltou para a segunda. Pode existir, então, uma ideia equivocada de que quem tomou a primeira já resolveu o problema. Entretanto, no caso da dengue, é preciso sim tomar a dose de reforço depois de 30 dias para completar o ciclo imunológico”, ressaltou o secretário da pasta, Milton Monti. 

Para o secretário, essa baixa adesão ocorreu ainda por conta da disseminação de informações falsas sobre as vacinas de modo geral, principalmente durante o período da pandemia do novo coronavírus e que infelizmente ainda perdura.  

“Os pais ainda ficam com medo de levar seus filhos para vacinar porque acham que isso vai dar algum problema, mas não há por que desacreditar a eficiência das vacinas, que são tão importantes para todos. A dengue não é uma doença de grande letalidade, mas pode ocorrer a letalidade em alguns casos, especialmente quando a dengue é hemorrágica. Então, é preciso se vacinar. Vacina é vida, ela protege e é importante que as pessoas não percam essa oportunidade. Não dói nada, não traz nenhum efeito colateral e só contribui para a saúde”, complementa ele. 

Vacinar e eliminar criadouros  

Com a proximidade do verão surge também a preocupação com o aumento de casos da dengue, entre outras arboviroses, pois as altas temperaturas e as chuvas mais intensas formam as condições ideais para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito que carrega o vírus da doença.  

Segundo Alecsandro Chaves Cruz, enfermeiro assistencial da UBS Vince Nemeth, o Brasil passou por uma grande epidemia de dengue no início deste ano, que foi praticamente três vezes pior do que a epidemia de 2023 e que resultou em 4.269 óbitos no país. Só para se ter uma ideia do aumento, entre 2013 e 2022 foram notificados 10,1 milhões de casos prováveis de dengue no Brasil, com 5.970 mortes. Só em 2023, foram notificados 1.659.816 casos prováveis, com 1.094 óbitos e letalidade de 4,6%. Entre os fatores que estão contribuindo para o crescimento exponencial de casos estão as mudanças climáticas, o aumento das temperaturas e a pluviosidade excessiva. 

“Por tudo isso, a vacinação se torna essencial. A imunização das crianças e adolescentes preconizada pelo Ministério da Saúde é vital para quebrarmos o ciclo da dengue, principalmente porque é nesta faixa de idade, depois dos idosos, que ocorrem mais internações, de acordo com relatórios dos últimos cinco anos. Importante destacar que a vacina passou por vários testes sem reações letais, só benignas”, explica Alecsandro. 

Além da vacinação, é preciso também eliminar os possíveis criadouros de mosquitos nas casas. Barueri conta com importantes programas de limpeza pública e mutirões com esse objetivo, mas é bom saber que cerca de 70% dos criadouros estão instalados em residências. Sendo assim, as pessoas devem cuidar de suas casas, tirando água dos vasos de plantas; colocando garrafas de cabeça para baixo; tampando tonéis, depósitos de água, caixas de água, entre outros recipientes que acumulam água; mantendo os quintais bem varridos e secos; e escovando bem vasilhas de água e pratinhos de plantas e de alimentos para pets para manter tudo bem limpo.  

Sinais de alerta 

Entre os sintomas mais comuns e frequentes da dengue estão febre alta com início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas e erupções na pele, cansaço extremo, dores nas articulações, náuseas e vômitos. Há ainda sintomas mais graves da doença, que são sinais de alerta, como dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; queda abrupta na temperatura do corpo; sangramentos; agitação ou sonolência; tontura ou desmaio; entre outros. Os sintomas podem aparecer a partir do 3º dia da doença e indicar dengue grave.

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