A cirurgia bariátrica, um dos principais tratamentos para pessoas com obesidade mórbida ou índice de massa corporal (IMC) grau III, acima de 40 kg/m², tem se tornado cada vez mais acessível no Brasil. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) apontam que mais de 391 mil procedimentos foram realizados entre 2020 e 2024. Desse total, cerca de 260 mil cirurgias foram feitas por meio de planos de saúde.
De acordo com o cirurgião geral e especialista em procedimento bariátrico, Dr. Marcelo Barbosa, a cirurgia bariátrica também é indicada para pacientes com obesidade grau II que possuam alguma doença associada, como diabetes, hipertensão, apneia do sono, etc. Segundo o especialista, grande parte dessas cirurgias têm utilizado a técnica de videolaparoscopia, que se destaca por ser menos invasiva e proporcionar uma recuperação mais rápida aos pacientes.
“A técnica, que consiste em pequenas incisões no abdômen e a insuflação de gás no local, utiliza instrumentos cirúrgicos e uma microcâmera que permitem ao cirurgião visualizar o procedimento e operar com precisão”, enfatiza o médico.
Segundo Dr. Marcelo Barbosa, por ser minimamente invasivo, o método proporciona menor trauma local e sistêmico, diminuindo os riscos de infecção e de fatores que predispõem a complicações. “Além de tornar a cicatrização mais eficiente, a videolaparoscopia também traz benefícios ao causar menos dor no pós-cirúrgico, menor tempo de internação hospitalar e retorno mais rápido às atividades cotidianas”.
Atualmente, a obesidade tem se tornado um problema de saúde pública cada vez mais preocupante no Brasil. De acordo com um estudo recente, divulgado na edição de 2024 do Congresso Internacional sobre Obesidade (ICO) e compartilhado pelo portal da Fiocruz Brasília, a projeção, se os índices atuais se mantiverem, é que quase metade dos adultos brasileiros (48%) terá obesidade até 2044.
A condição também está associada a diversas doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e problemas articulares, sendo um fator de risco para a mortalidade precoce. Além disso, pode levar a complicações psicológicas, como depressão e ansiedade, agravando ainda mais o bem-estar dos indivíduos afetados.
Benefícios da videolaparoscopia em intervenções cirúrgicas
Além de muito utilizada na cirurgia bariátrica, a videolaparoscopia tem transformado a medicina moderna ao ser aplicada em outros tratamentos como o ginecológico, para tratar endometriose e miomas, na urologia, para intervenções nos rins e próstata, e no tratamento de condições do aparelho digestivo, como retirada da vesícula biliar e correção de hérnias.
“Esta técnica inclui não apenas os avanços técnicos, mas também uma mudança cultural na medicina, priorizando a minimização de danos e a qualidade de vida. No contexto da cirurgia bariátrica, a recuperação é fator animador para o paciente. Após 14 dias da cirurgia a pessoa está liberada para fazer caminhadas leves, dirigir e subir e descer escadas, por exemplo. De seis a oito semanas já é possível retornar às atividades normais”, ressalta Dr. Marcelo Barbosa.
Segundo o médico, embora o método seja seguro e amplamente utilizado, a videolaparoscopia possui algumas restrições que devem ser consideradas. “Algumas contraindicações podem variar dependendo do quadro clínico do paciente, como em casos de pessoas com insuficiência cardíaca ou pulmonar, cirrose hepática avançada ou hipertensão, por exemplo”.
“Em muitos casos, a decisão é tomada com base em uma avaliação individualizada, considerando os riscos e benefícios do procedimento”, completa.
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