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terça-feira, 21 janeiro 2025
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Cirurgiã explica soluções para condições graves nas mãos

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As mãos são estruturas complexas e fundamentais para as atividades do dia a dia, mas estão suscetíveis a diversas condições ortopédicas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado, que pode incluir fisioterapia, medicamentos ou cirurgia, são essenciais para preservar a funcionalidade desses membros.

Entre as condições mais comuns estão a síndrome do túnel do carpo, que chegou a afastar mais de 17 mil trabalhadores de suas ocupações em 2020, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Previdência noticiados pelo portal GE I Globo. Outra doença muito frequente é a tendinite, uma inflamação ou irritação dos tendões que atinge uma a cada 100 pessoas, segundo estimativas da OMS compartilhadas pelo Metrópoles. 

A Dra. Rosana Endo, médica especialista em cirurgia da mão, conta que a síndrome do túnel do carpo é a condição ortopédica mais frequente em seu consultório. Em geral, os pacientes relatam dor, formigamento e fraqueza nas mãos, inclusive prejudicando a qualidade do sono. “Em seguida, a queixa de dor e travamento ao dobrar e esticar o dedo, o que chamamos de dedo em gatilho e rizartrose”.

Dra. Rosana Endo realiza procedimentos altamente complexos, como correções de deformidades e replantes de dedos e mãos, atendendo nos maiores hospitais de São Paulo (SP), como Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Sirio Libanês. 

A cirurgiã também cita as tendinites, como a síndrome de quervain, condições inflamatórias nos trajetos de tendões, as tumorações que, na maioria dos casos, são cistos sinoviais, mas que há a necessidade de investigação para diferenciá-los dos demais tumores já que estes exigem tratamentos específicos.

“E, para os pacientes do sexo masculino, chamo atenção para a moléstia de dupuytren, por vezes em associação com diabetes, etilismo, tabagismo e epilepsia, fenômeno no qual os pacientes expressam queixa de dificuldade de colocar a mão no bolso e de incapacidade de movimentos simples que envolvam abrir bem a mão e os dedos”, explica.

Cirurgia pode evitar progressão das doenças

Quando questionada a respeito dos tratamentos cirúrgicos que estão disponíveis para essas condições, a médica observa que a cirurgia é indicada para evitar que a doença progrida e comprometa de forma irreversível a funcionalidade das mãos.

No entanto, ela é realizada de acordo com o estágio da doença e quando foram tentadas, sem sucesso, outras formas de tratamento como fisioterapia, medicações orais, uso de órteses imobilizadoras e infiltrações com corticoides e/ou ácido hialurônico. “Em se tratando de tumores, a orientação de cirurgia para remoção é mais assertiva, assim como nas doenças em que o grau esteja mais evoluído”, afirma. 

“As cirurgias variam desde as formas clássicas com vias de acesso na pele que abrangem a extensão da área a ser abordada até as minimamente invasivas – com vias bem menores permitidas graças a evolução da medicina e da tecnologia – cirurgias videoartroscópicas e as cirurgias videoendoscópicas – que são as mais utilizadas hoje no caso das síndromes do túnel do carpo”, complementa.

A médica especialista chama a atenção para os procedimentos complexos, como correções de deformidades e replantes de dedos e mãos: “A especialidade da cirurgia da mão engloba a microcirurgia que diz respeito às cirurgias nas quais se faz necessário o uso de instrumentos de magnificação do campo visual, como a lupa cirúrgica e o microscópio, justamente para contemplar as estruturas que exigem essa abordagem como nervos, artérias, veias e vasos linfáticos”. 

Dra. Rosana Endo destaca que o médico especialista faz uso dessa modalidade de cirurgia em casos que envolvam crianças que nascem com alterações nos membros superiores e necessitam de correção durante a infância e lesões de nervos periféricos, independentemente da localização.

“Nesses casos, operamos os membros inferiores também. A modalidade é útil para lesão de plexo braquial, acidentes cortantes muito comuns nas mãos devido acidente de trabalho e em ambiente domiciliar, nos reimplantes de dedos, mão e antebraço, nos retalhos microcirúrgicos para coberturas de feridas devido perda de pele, músculo e tendões em acidentes, tratamentos oncológicos e úlceras de pressão”, explica.

Segundo Dra. Rosana Endo, a adoção de práticas específicas voltadas à recuperação da funcionalidade podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Para o entendimento da causa e do tratamento, é preciso entender da biomecânica junto à anatomia para orientar e ajustar o melhor tratamento para cada indivíduo. 

Pós-operatório de cirurgias nas mãos exige atenção

A médica ressalta que durante a recuperação pós-operatória de uma cirurgia na mão, é preciso cuidar da ferida para evitar infecção. Para tanto, a melhor medida é manter o curativo bem fechado e protegido do ambiente externo até a troca, que idealmente é realizada por um integrante da equipe médica. 

“Com as orientações, essas trocas podem ser realizadas pelo próprio paciente atentando-se aos cuidados de higiene durante o manuseio, como lavar bem com soro fisiológico ou água e sabonete neutro, além de secar muito bem antes de tampar novamente”, explica.

A depender da condição, o médico pode orientar a movimentação precoce dos dedos e do punho para evitar a rigidez articular – exceto em casos de alguns tipos de fraturas, que necessitam de repouso absoluto no local.

“Por fim, é importante manter o membro operado elevado. Costumo dizer: dedos apontados para o teto, para que a gravidade ajude a drenar os fluidos e evitar o inchaço que, na maioria das vezes, é o grande responsável pela dor no pós-operatório”, afirma a Dra. Rosana Endo. 

Para mais informações, basta acessar: https://drarosanaendo.com.br/ 

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