Tema que ainda sofre resistência no Congresso Nacional, o chamado distritão teria mudado
22% das atuais Câmaras dos Vereadores da região oeste, se fosse adotado na eleição do ano passado.
Além disso, teria dificultado a renovação dos atuais legislativos. É o que mostra levantamento do JB com base na votação do ano passado e vale para exemplificar
como as alterações da legislação eleitoral podem ter impacto também nos municípios. O texto passou pela Comissão da reforma política, mas passará por duas votações no
plenário da Câmara e mais duas do Senado.
O distritão estabelece que serão eleitos para deputado estadual, federal e vereador os mais
votados, independente da quantidade de votos dos partidos. No modelo atual, a disputa é feita de maneira proporcional – se elege um número de parlamentares pela quantidade de
votos de um partido ou coligação.
Região
Em 2016, 29 candidatos ficaram entre os mais votados de Barueri, Carapicuíba,
Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba, mas ficaram de fora, porque seus partidos não alcançaram o coeficiente eleitoral.
Barueri e Santana de Parnaíba seriam as Câmaras menos afetadas, com 14% e 11% de mudanças, respectivamente. Em Jandira, quase 40% dos vereadores seriam outros
na Câmara.
Entre as críticas ao modelo que será votado na Câmara dos Deputados está o fato de que o sistema atrapalharia a renovação, o que teria ocorrido na região. Entre os bem votados
que ficaram de fora estão 17 vereadores que buscavam a reeleição.
É o caso do barueriense Miguel de Lima (PRP), 12º colocado, mas que não entrou entre
os 21 eleitos. Zetti Bombeirinho (PMDB) também teria sido reeleito na cidade. Em Parnaíba, Guilherme Correia (PEN) estaria entre os reeleitos se houvesse o distritão.