Ao longo de sua candidatura a prefeito de Barueri, o vereador Fabião (MDB) se apresentou como terceira via e oposição à continuidade do governo de Rubens Furlan (PSB), por meio do candidato que apoiou, Beto Piteri (Republicanos), e ao retorno de Gil Arantes (União), ex-prefeito.
Porém, seis dias após as eleições, nas quais conquistou 8,89% dos votos válidos, ele participou de uma caminhada pelas ruas centrais da cidade, neste sábado (12) ao lado de Furlan, Piteri, do prefeito Igor Soares, de Itapevi, e Marcos Neves, de Carapicuíba, entre outros apoiadores. Durante o evento, declarou apoio a Piteri nas eleições do segundo turno, que acontecerão no dia 27 de outubro.
Em sua fala, Fabião reforçou que Furlan é seu “padrinho político” e que não pode esquecer que “o bom filho à casa torna”. “Eu estou voltando porque, na verdade, todos sabem do enorme carinho que tenho pelo prefeito. Eu sempre disse isso na tribuna. Fiz a tentativa, Deus abençoou a gente o tempo inteiro, mas Deus quis outro propósito. Para honrar meu padrinho político, que sempre me recebeu de porta aberta. Amo você, Furlan. Agora Fabião é Beto”, disse.
Oposição
Em suas redes sociais, Sabrina Nabuco (PSOL), única mulher na disputa à prefeitura, publicou em suas redes sociais que o “Psol Barueri é contra a velha política e seguirá a instrução da executiva nacional de não se aliar à direita. Se você votou no PSOL, você tem liberdade para votar como quiser. Seguimos ao lado do povo e como oposição a quem vencer”, afirmou.
Segundo turno e abstenção
Barueri terá um segundo turno entre Beto Piteri e Gil Arantes, com a votação marcada para o dia 27 de outubro, algo inédito na história da cidade. Apesar da vantagem do candidato apoiado por Rubens Furlan, Piteri recebeu 48,39% dos votos válidos (97.708), mas não atingiu os 50% necessários para vencer a eleição de forma direta. Gil, por sua vez, contabilizou 39,83% dos votos válidos, totalizando 80.426 sufrágios.
O índice de abstenção em Barueri no dia 6 foi alto, chegando a 24%, cerca de 73 mil eleitores que deixaram de ir às urnas, o que também pode mudar o cenário no dia 27.