“Com tranquilidade.” Foi assim que o prefeito de Barueri, Beto Piteri (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (9) ter recebido a notícia da cassação de seu mandato e da vice-prefeita Cláudia Marques (PSB), determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) na terça-feira (8). “Estou tranquilo porque a decisão não é definitiva e o processo será levado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, ressaltou.
A Corte tornou Piteri, Cláudia e o ex-prefeito Rubens Furlan (PSB) inelegíveis por oito anos, sob a acusação de uso indevido dos meios de comunicação durante a pré-campanha das eleições municipais de 2024. O TRE entendeu que houve abuso na utilização de canais oficiais e redes sociais por parte de Furlan para promover, de forma irregular, a chapa vencedora. No entanto, os magistrados rejeitaram a acusação de abuso de poder econômico.
A ação foi movida por Gil Arantes (União Brasil), ex-prefeito da cidade e principal adversário político de Piteri na última disputa eleitoral.
Rubens Furlan também comentou a decisão do TRE-SP, destacando que as regras sobre o uso das redes sociais na política ainda estão em construção. “Uma hora pode, outra hora não pode. Divulgo minhas ideias há 10 anos. Apenas expressei minha opinião sobre a eleição nas redes sociais, como sempre fiz, eu botei lá o que eu pensava e a partir daí o marqueteiro, as coisas evoluíram”, disse.
Já Piteri ressaltou que tem um perfil de proximidade com a população. “Sempre fui de ir às ruas, conversar cara a cara com as pessoas. Nem acompanhava o que estava sendo feito em nível de campanha ou marketing”, justificou.
Barueri já escolheu o seu destino
O prefeito afirmou seguir com a consciência tranquila, certo de que tem honrado cada voto com trabalho, dedicação e respeito. “O povo já decidiu. A sua família já decidiu. Barueri, de forma consciente, já escolheu o seu destino. Aqui em Barueri, o juiz eleitoral deu ganho de causa para nós. A democracia e a vontade do nosso povo serão respeitadas”, declarou.
A decisão acontece pouco mais de três meses após o atual governo assumir a administração municipal, em 1º de janeiro de 2025. Ainda não há definição sobre a execução imediata da sentença ou se será necessário aguardar o julgamento final no TSE.