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sexta-feira, 22 novembro 2024
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Mais de 90% dos brasileiros não têm inglês fluente

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Uma pesquisa inédita da Viva América – assessoria de serviços imigratórios para quem quer estudar, trabalhar ou morar nos EUA – revela que 92,1% dos brasileiros que saem do Brasil rumo à terra do Tio Sam não têm inglês fluente.

Realizada por meio de questionário online, em maio de 2024, com brasileiros que já estão ou pensam em se mudar para os EUA, a pesquisa identificou que a maioria deles não se sente confortável em falar inglês em situações corriqueiras do dia a dia.

Apenas 20,1% dos respondentes, por exemplo, afirmaram ter confiança em usar a língua inglesa nas reuniões das escolas de seus filhos. Para realizar uma apresentação no trabalho, o percentual também foi baixo, de 21,2%, enquanto conversar com o médico durante uma consulta é algo tranquilo para apenas 25,4%.

Quando perguntados especificamente sobre o nível de confiança em fazer uma entrevista de emprego em inglês, 34,8% disseram se sentir aptos. Para Rodrigo Costa, CEO da Viva América, trata-se de um percentual desapontador e evidencia como os imigrantes deixam de aumentar suas possibilidades de ganhos nos EUA por não aperfeiçoarem a fluência na língua.

“Muitos imigrantes têm qualificação para ocupar posições que pagam salários altos aqui nos EUA, mas a dificuldade de se comunicar impede que eles progridam em suas carreiras ou tenham mais oportunidades. É por isso que, não raramente, vemos profissionais brasileiros com anos de estudo em vagas de entrada do mercado de trabalho americano”, diz Costa.

De acordo com um relatório do Brookings, um dos principais think-tanks dos EUA, imigrantes que falam inglês fluentemente ganham salários de 17% a 135% maiores do que aqueles que não dominam o idioma.

“O processo imigratório para os EUA não exige do imigrante qualquer conhecimento em inglês, mas a fluência é essencial para que, uma vez aqui, ele consiga se desenvolver. O problema é que, muitas vezes, a tendência do imigrante é ficar perto de seus conterrâneos, por facilidade de adaptação, formando comunidades em cidades específicas, como a comunidade brasileira em Orlando, onde você pode fazer muitas coisas em português. E isso acaba dificultando o aprendizado”, observa o executivo.

Cursos de inglês

A pesquisa da Viva America revelou também que apenas 43,5% dos respondentes fizeram curso de inglês, por pelo menos seis meses, antes de ir para os EUA. Entre os que não fizeram, os motivos mais comuns foram: falta de dinheiro (30,2%), falta de tempo (28,4%) e não ter visto necessidade (27,6%).

A íntegra da pesquisa está disponível no site da Viva América.

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