O início da Copa do Mundo Qtar 2022, neste domingo (20), traz à tona uma preocupação recorrente para tutores de cães e gatos no período de comemorações. Isso porque, há estampidos causados por fogos de artifício que podem trazem prejuízos à saúde dos pets.
Os animais percebem o barulho da queima de fogos quatro vezes mais altos. Enquanto os humanos captam sons entre 16 e 20.000 Hz, os cães escutam sons entre 10 e 45.000 Hz e os gatos mais jovens até 100.000 Hz.
Esse barulho pode causar desde traumas e tentativas de fugas até laceração dos tímpanos, além de ataque cardíaco, desmaios, convulsões e, em alguns casos, a morte em animais mais sensíveis ou com comorbidades. Por isso, os tutores devem tomar medidas preventivas também em cidades nas quais as queimas de fogos com estampidos já são proibidas, já que não é toda a população que cumpre as regras.
Segundo a médica veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade, é preciso alguns cuidados durante a soltura de fogos. “É muito importante que o pet não esteja sozinho no momento em que as queimas estejam ocorrendo, pois ele pode achar que está em perigo e tentar fugir. No momento do desespero, os animais são capazes de pular janelas e muros ou passar por espaços que não conseguiriam normalmente”, explica. Cão preso na coleira e guia, nem pensar. O risco de se machucar gravemente é ainda maior.
De acordo com a veterinária, o ideal é que o animal fique dentro de casa, pois será mais difícil escapar e ficará mais tranquilo ao se sentir próximo do tutor. “Fechar portas, janelas e cortinas, ajudará a abafar o som e criará a sensação de segurança”. Ela também ensina que disponibilizar petiscos e brinquedos e fazer uso de feromônios tornam o ambiente ainda mais agradável.
O som de músicas clássicas e relaxantes, além de amenizar o barulho externo, ajuda a tranquilizar os pets. Para isso, a DrogaVET também mantém uma playlist na rede social Spotify, que pode ser acessada aqui.
Florais
Para a veterinária, medicamentos fitoterápicos e florais de Bach também são grandes aliados. “É importante consultar um médico veterinário para que ele indique o medicamento mais adequado e a dose correta para o pet, de acordo com o seu peso e as suas condições de saúde. O ideal é iniciar o tratamento com pelo menos uma semana de antecedência ao episódio de queima de fogos”, esclarece a veterinária.
