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quarta-feira, 11 dezembro 2024
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Estudo aponta dados sobre de máquinas e equipamentos

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Segundo estudo divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o desempenho do setor de máquinas e equipamentos apresentou retração em setembro de 2024, interrompendo uma sequência de três meses consecutivos de alta. Segundo os dados apresentados, a receita líquida de vendas somou R$ 23,7 bilhões, um valor 8,8% inferior ao registrado no mesmo mês de 2023. Apesar disso, o acumulado do ano até setembro, que totalizou R$ 198 bilhões, mostrou uma leve recuperação em relação ao acumulado até agosto, reduzindo a queda para 12,8% no comparativo anual.

Conforme informado na publicação, o mercado doméstico foi o principal responsável pela retração, enquanto as exportações mostraram recuperação. Após uma queda de 29,1% em agosto, as exportações de máquinas e equipamentos cresceram 37,8% em setembro na comparação com o mês anterior, atingindo US$ 1,301 bilhão. O estudo indica que esse valor superou a média dos últimos dois anos e foi 12,3% superior ao registrado no mesmo mês de 2023. No entanto, o relatório ainda aponta que no acumulado de 2024, as exportações ainda apresentam queda de 7,9% em relação ao mesmo período de 2023.

A publicação mostra que as importações de máquinas e equipamentos permaneceram em alta, alcançando US$ 2,6 bilhões em setembro, o que representa um crescimento de 20,4% em relação ao mesmo mês de 2023. Conforme apontado no relatório, o acumulado do ano para as importações já registra alta de 8%, marcando um recorde histórico para o período. 

O relatório ainda aponta dados preocupantes no consumo aparente, que apresentou estabilidade em setembro de 2024 frente ao mesmo mês do ano anterior, mas caiu em relação a agosto deste ano. O documento publicado informa que embora o aumento das importações tenha compensado parte do encolhimento, a retração no consumo de máquinas e equipamentos no setor agrícola foi determinante para o resultado negativo. Outros setores da economia, por outro lado, registraram crescimento nos investimentos, destacando-se as aquisições de bens importados.

José Antônio Valente, diretor da empresa de franquia de aluguel de equipamentos para construção civil Franquias Trans Obra afirma que os dados apresentados pela ABIMAQ reforçam uma dinâmica importante para o setor de locação de máquinas e equipamentos, especialmente no contexto de franquias de sucesso. “Apesar da retração no mercado doméstico e da queda na receita líquida de vendas, o aumento nas exportações e nas importações abre espaço para oportunidades estratégicas em nichos específicos, como o da construção civil, que permanece como um dos maiores consumidores desses equipamentos”.

Perguntado ainda sobre o relatório, José Antônio afirmou que empresários podem perguntar sobre o por que abrir uma franquia de locação de máquinas e equipamentos em momentos como este? José continuou dizendo que a resposta para essa pergunta está no cenário apresentado pelos relatórios e estudos do setor que apontam um mercado em transformação, onde a busca por eficiência nos custos operacionais e acesso a equipamentos de alta tecnologia tem favorecido o modelo de locação, tanto para construtoras quanto para projetos independentes. “Enquanto o consumo aparente nacional enfrenta retrações em setores como a agricultura, a construção civil e outros segmentos apresentam aumento nos investimentos, gerando uma demanda sólida para negócios bem estruturados”.

Ainda sobre o estudo divulgado, em termos de capacidade produtiva, a indústria de máquinas e equipamentos operou com 76,2% de sua capacidade instalada em setembro, nível estável em comparação com os três meses anteriores. No entanto, nota-se no relatório que a carteira de pedidos, que já vinha apresentando patamares reduzidos, registrou nova queda, impactada pela baixa demanda no setor agrícola e na indústria de transformação.

O relatório ainda aponta que apesar do cenário desafiador, o mercado de trabalho mostrou sinais positivos. O setor encerrou setembro com 397 mil empregados, um aumento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2023, equivalente à criação de 3.206 postos de trabalho. Conforme o relatório, a expansão do emprego foi puxada pelas indústrias de bens de consumo, construção civil e agricultura, sinalizando uma possível recuperação.

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