José Roberto Guimarães foi um dos palestrantes do primeiro dia do CBC e Comercial Clubes Expo, evento organizado pelo Comitê Brasileiro de Clubes em Campinas. Durante um painel sobre vôlei feminino, o treinador da Seleção Brasileira Feminina celebrou a manutenção da maior parte do elenco do Flor de Ypê Paulistano Barueri para a temporada 2025-2026.
Em anos anteriores, o time enfrentou dificuldades para segurar suas atletas, chegando a perder até 10 jogadoras entre uma temporada e outra. Dessa vez, cerca de 90% do elenco permaneceu, incluindo nomes importantes como a meio de rede Luzia e a oposta Jheovana, que tinham propostas de outros clubes brasileiros, mas optaram por seguir no Paulistano Barueri.
Zé Roberto destacou que essa é a primeira vez, em oito anos de existência do projeto, que ele consegue negociar a permanência de jogadoras por mais de uma temporada. Além disso, ressaltou a boa fase do time na Superliga, com vitórias importantes no segundo turno. “Com apenas duas rodadas restantes para o fim da competição, o risco de rebaixamento já foi eliminado, e a equipe agora luta por uma vaga nos playoffs”. Nesta sexta-feira (14), às 18h, o time joga contra o Esporte Clube Pinheiros, no Clube Athletico Paulistano, Rua Colômbia, 77, em São Paulo. A entrada ocorre por ordem de chegada mediante à doação de 2kg de alimento não perecível. Haverá transmissão ao vivo pela @sportv 2.
Sem patrocínio, o projeto quase foi reduzido
A comemoração de Zé Roberto vem poucos meses depois de o treinador cogitar reduzir o tamanho do projeto devido à falta de patrocinadores, o que o obrigava a arcar com quase todos os custos. “Após conquistar a medalha de bronze com a Seleção Brasileira em Paris 2024, eu e minha filha Carol, que é gestora do projeto, retornamos ao Brasil sem garantias para a nova temporada”, relembra Zé. No entanto, após diversas reuniões, o Barueri conseguiu fechar parcerias com o Paulistano e a Ypê, empresa do setor de higiene pessoal e limpeza doméstica.
O treinador revelou que chegou a considerar inviável a continuidade do projeto sem apoio financeiro. “Se continuássemos descapitalizando a família, não teríamos condição de seguir”, afirmou. No entanto, a reaproximação com o Paulistano após os Jogos de Paris mudou o cenário. “Quando voltei de Paris, conversamos com o Paulistano, que aprovou o projeto. Depois conseguimos o apoio da Ipê, e as coisas começaram a acontecer.”
Além do apoio privado, Zé Roberto fez questão de destacar a importância do suporte das prefeituras em projetos esportivos, citando especificamente o apoio da Prefeitura de Barueri.
