Na última semana, a Arena Barueri recebeu, pela primeira vez, um grupo de arbitragem composto exclusivamente por mulheres. A árbitra Edina Alves Batista e duas assistentes, Fabrini Bevilaqua Costa e Veridiana Contiliani Bisco, foram escaladas pela Federação Paulista de Futebol (FPF) para atuar no Paulistão Série A2.
“Quem não suporta pressão tem que procurar outra atividade”, conta Edina, que tem 41 anos e está desde os 20 na profissão. Em seu primeiro curso de arbitragem, no Paraná, havia apenas quatro mulheres entre 50 homens. “Sou a única que continua atuando”, disse.
Elas explicam que a pressão no futebol feminino não é menor e que a falta de torcedores nas arquibancadas foi uma grande mudança: “Com a massa vibrando, nosso trabalho fica mais emocionante”, comenta Fabrini.
História
A pioneira na arbitragem mundial é uma brasileira. Asaléa de Campos Fornero Medina, mais conhecida como Léa Campos, conseguiu se formar em 1967, mas só teve o diploma validado dois anos depois. Alegavam que as mulheres não tinham estrutura óssea para acompanhar as partidas. Ela se submeteu a um teste e provou o contrário.