Desde os 13 anos de idade, a barueriense Jenifer do Nascimento Silva, que agora tem 30 anos, é do mundo do atletismo, mas 2021 será um ano inesquecível em sua trajetória: conquistou o 3º lugar no pódio feminino da 96ª edição da Corrida de São Silvestre, mais famosa e tradicional do Brasil e da América do Sul, e alçou seu nome em nível internacional cravando 53’32” no percurso de 15km. Anteriormente, ela já tinha feito bonito na São Silveira, de Barueri, marcando 27’43” nos 8 km da competição.
“Vivo um momento único, na hora que subi ao pódio da São Silvestre passou um filme na cabeça de tudo que tivemos que superar para chegar lá. Foram muito altos e baixos, pandemia, transições, teve mudança de treinador, que agora é o Luis Gustavo, mas nunca perdi o foco da corrida, no fundo sabia que teria condições de estar no pódio”, relembra.
Ela conta que participou das três últimas edições da competição e em cada uma delas “evoluía um pouco”. “Essa última tive meu melhor resultado e consegui baixar mais 30 segundos do meu melhor tempo”.
Celebrando 17 anos de atletismo, Jenifer afirma que seu primeiro contato com a corrida foi na escola em que estudava. “Depois iniciei a escolinha na pista de atletismo, que ficava uns 5 minutos de casa, e nunca mais parei”. Agora, ela sonha chegar às Olimpíadas de 2024, que ocorrem em Paris. Mas, antes do desafio, a atleta elenca a sequência de prioridades. “Tenho que conseguir boas marcas e boas colocações nas competições que acontecerão até lá”. As próximas participações de Jenifer são no Campeonato Brasileiro de Cross Country, Troféu Brasil e Sul-americano.
Vida pessoal x treinos
Jenifer disse que a rotina é pesada, treina 4 horas diariamente. “Chego a correr em média 90 a 100km por semana”, conta. A atleta corre pelo Esporte Clube Pinheiros.
Com uma vida tão dedicada ao atletismo, Jenifer afirma que é difícil conciliar a vida pessoal com os treinos, mas não impossível. “As pessoas que convivem com a gente sabem como é a rotina de atleta, a maioria entende, principalmente meu marido, o Romário. Meu tempo é praticamente todo dedicado ao treinamento, quando não estou treinando estou descansando”, comenta.
Ídolos
A atleta diz que não tem ídolos, mas existem algumas pessoas que admiro pelo resultado do trabalho ou pela história. “Umas dessas pessoas é a corredora holandesa Sifan Hassan, que é ex-recordista mundial dos 10.000 metros”.