Na última quinta-feira (2), o Secretário da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, se reuniu com a Presidenta da APEOESP, professora Bebel, e outros membros da Diretoria do Sindicato. Durante o encontro, a entidade se posicionou contrária à volta às aulas presenciais, sem redução drástica da pandemia e sem garantia de segurança sanitária para professores, estudantes, funcionários e, desta forma, também a suas famílias.
Em nome da entidade, a Presidenta da APEOESP reivindicou a instituição de uma comissão paritária que analise o quadro e debata as condições e o momento da volta, inclusive consultando especialistas e autoridades sanitárias.
Em resposta, o Secretário concordou com a formação da comissão. Afirmou ainda que a segurança sanitária é inegociável e que só haverá o retorno às escolas, se todo o estado permanecer 28 dias no estágio amarelo do plano de retomada econômica, ou seja, com baixíssimos índices de contágio prolongados no tempo.
Disse também que só haverá o retorno de todas as redes juntas (estadual, municipais e privada). Também afirmou que o momento de voltar não é decisão da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC) e sim do governo, com preponderância da área da saúde.
O Secretário afirmou que o número de alunos definido para o retorno às aulas presenciais (35% dos alunos) está vinculado à garantia de 1,5 m de distanciamento entre eles nas salas de aula. Portanto, se não houver essa garantia, o número será reduzido para 30%, 25% ou o índice que a escola definir, de acordo com as suas condições. Também a não disponibilidade de funcionários suficientes na escola interferirá nas condições de retorno.