A tragédia que aconteceu na em uma escola estadual na cidade de Suzano, grande São Paulo, na quarta-feira (13), onde um adolescente e um homem mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias, acendeu alerta para as questões de segurança e acompanhamento psicossocial das crianças nos colégios de todo o país. Em Barueri, um plano de integração entre as secretarias de Educação e Segurança ajuda na proteção e nos cuidados à saúde mental dos estudantes da rede municipal.
De acordo com a Prefeitura, todas as unidades educações estão equipadas com câmeras de videomonitoramento, sendo controladas por uma central 24 horas. Os equipamentos fornecem imagens das principais dependências das escolas.
Para o controle da entrada e saída dos alunos, as unidades contam com o apoio da guarda patrimonial, que executa rondas e patrulhamento nas proximidades. Além disso, orientadores e coordenadores escolares também são responsáveis pela acolhida dos estudantes, coibindo, assim, a entrada de entranho.
Comportamento
Para especialistas, a agressividade no ambiente escolar é reflexo da violência na sociedade e é necessário que seja tratada com maior cuidado. “A escola, as famílias, os governos precisam tratar a cultura de paz como política de Estado. Esse debate deve ser levado para a sala de aula”, destaca o pesquisador Evaldo Pauly, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e especialista no tema.
Questionada sobre as políticas adotadas para acompanhar o comportamento dos alunos, a Prefeitura informou que a Secretaria de Educação conta com um departamento especializado de profissionais como psicopedagogos e psicólogos. “Eles estão à disposição de todos os alunos que precisem de encaminhamento”, ressaltou o órgão.
Caso seja notada uma alteração na conduta dos estudantes ou situação de bullying, familiares, colegas e os envolvidos são convidados a participarem de orientações com funcionários do departamento especializado.
Estado
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo anunciou a revisão dos procedimentos de segurança nas 5,3 mil escolas da rede estadual e a elaboração de um projeto para reforçar a proteção dos colégios mais vulneráveis. “Estamos revisando os nossos procedimentos e vamos ouvir nossos especialistas para saber o que podemos fazer do ponto de vista da segurança. Não podemos ficar só nesse debate, mas a secretaria vai trabalhar muito para essa revisão. Da mesma forma vamos focar muito nosso trabalho em formar nossos profissionais e para termos condições para apoiar o professor, toda equipe e a família”, disse o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, que esteve em Suzano na quarta-feira (14).