Paula Pequeno, bicampeã olímpica, volta a defender Osasco praticamente dez anos após sua última passagem pelo clube. A ponteira, de 36 anos, traz experiência de veterana e motivação de menina para ajudar o Vôlei Osasco-Audax na missão de conquistar o heptacampeonato paulista e lutar pelo título da Superliga. “A ficha ainda não caiu de tanta felicidade. Vestir essa camisa novamente é um desejo antigo. Um sonho que agora é realidade”, conta a atleta.
Após sofrer com lesões na temporada passada, Paula chegou a Osasco há pouco mais de duas semanas para manter a forma. A relação de longa data com o técnico Luizomar favoreceu o processo e a adaptação da ponteira com o grupo e filosofia de trabalho favoreceu o final feliz das negociações. “Foram dias de muita expectativa, pois meu desejo de voltar era enorme. Treinar com as meninas foi muito importante e saber que conto com uma comissão técnica competente e que vai me ajudar a atingir o meu auge físico e técnico é bom demais”, afirmou a ponteira, que completa.
Paula Pequeno sempre considerou Osasco seu lar esportivo. “Quando retornei da Turquia, em 2013 (defendia o Fenerbahçe), fui jogar em Brasília, minha cidade natal. Mas na primeira partida no ginásio José Liberatti, a torcida me fez chorar. Foi tanto carinho, tantas pessoas gritando meu nome, que ali o desejo de vestir essa camisa de novo ficou muito forte. E agora vou poder contar com o apoio desses torcedores tão apaixonados outra vez”, explica ela, medalha de ouro nos Jogos Olímpico de Pequim/2008 e Londres/2012.
O técnico Luizomar compartilha a felicidade da atleta. “A Paula é uma jogadora que dispensa comentários. Grande atleta e grande pessoa. Nos conhecemos há muito tempo e ela tem uma identificação enorme com Osasco. Certamente vai nos ajudar muito na missão de manter o Vôlei Osasco-Audax no topo das competições. Ela chega como mais uma opção para as pontas e agrega qualidade e experiência” disse.
Histórico
Paula chegou a Osasco em 1999, aos 17 anos. Permaneceu por 10 anos, deixando o clube apenas para jogar no exterior, no Zarechie Odintsovo, da Rússia. “Entrei no ginásio osasquense como uma menina. Me fiz mulher jogando pelo clube”, disse.