Sindicato denuncia pressão e assédio moral sobre os professores, além da ameaça com cortes salariais
Em todo o Estado de São Paulo, as aulas foram suspensas, ainda sem previsão de volta, como forma de manter o isolamento social e evitar a proliferação do novo coronavírus. Entretanto, em uma medida que contraria o próprio decreto de quarentena do governador, a SEDUC faz a distribuição presencial de materiais didáticos nas escolas, expondo professores, funcionários, estudantes e suas famílias ao contágio.
Professores e estudantes também têm sido orientados a ir às escolas quinzenalmente para distribuição e recolhimento de trabalhos escolares. Até mesmo professores readaptados (doentes) estão sendo convocados às unidades escolares.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) lançou uma nota exigindo que a SEDUC não mais convoque professores e funcionários às escolas e que a distribuição de material didático e paradidático seja feita via correios.
O professor deve comunicar à sua unidade escolar, via e-mail, que não comparecerá à escola para cumprir essa ou outra tarefa durante a vigência da quarentena e entrar em contato com o departamento jurídico da APEOESP pelo telefone (11) 3350-6158, na Sede Central, e também nas Subsedes no caso de quaisquer tipos de ameaças de corte salarial ou outra penalidade.
Denúncias
A entidade denuncia a enorme pressão e assédio moral sobre os professores com a imposição de teletrabalho e Ensino a Distância (EaD), e também a ameaça a professores com cortes salariais, seja com o pretexto de enfrentar a crise do coronavírus, seja a partir do controle de frequência que vem sendo ilegalmente feito pelo aplicativo da SEDUC.
“Não aceitamos nenhum desconto nem corte salarial de professores ou de qualquer servidor público” ressaltou o sindicato.