Em reunião realizada na tarde de quarta-feira (4), o Secretário da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, insistiu em sua posição de promover a volta às aulas presenciais no ensino médio.
A líder do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), Professora Bebel, acompanhada do secretário geral adjunto, Silvio de Souza, reafirmou o posicionamento da entidade e da categoria contra o retorno das atividades presenciais nas escolas durante a pandemia.
Para a APEOESP, a única saída é manter o regime de teletrabalho no ano de 2020 e as aulas presenciais só devem retornar em 2021, desde que haja condições nas escolas para assegurar a segurança sanitária e o cumprimento de todos os protocolos recomendados pelas autoridades sanitárias.
O secretário afirma que a volta só ocorrerá nas escolas onde houver essas condições, afirmando que elas existem em muitas unidades. Entretanto, o levantamento realizado pelas subsedes da APEOESP e o estudo encomendado pelo sindicato ao Instituto dos Arquitetos do Brasil – seção São Paulo e DIEESE apontam que as escolas da rede estadual de ensino não possuem condições de ventilação, circulação, sanitários suficientes, bebedouros, locais para alimentação, enfermarias, salas adequadas para o isolamento necessário entre os estudantes, assim como funcionários suficientes para a limpeza e higienização recomendável para a prevenção do contágio por coronavírus.
Ainda de acordo com o sindicato, a assembleia popular já autorizou a greve geral, que será construída a partir do momento que o secretário da Educação tente impor a volta às aulas presenciais.