Com um pouco mais de um ano de existência, o Núcleo de Dança de Barueri já se mostra projeto bem-sucedido. As alunas que realizam formação no local foram destaque em festivais estaduais, conquistando vários prêmios. Uma delas, inclusive, foi aprovada para a seleção da Escola de Dança Bolshoi no Brasil. Agora, a preparação no centro de dança é voltada para o Festival de Joinville, um dos maiores do mundo, que terá bailarinas baruerienses apresentando coreografias entre os dias 17 e 28 de julho.
Em entrevista ao Jornal de Barueri, a diretora do Núcleo, Ariane Anderaos, de 33 anos, formada pela Escola Nacional de Ballet de Cuba, conta que atualmente o local possui 94 alunos com idades entre 7 e 14 anos. Todavia, apenas dois, entre eles, são homens. “Esperamos que esse número cresça cada vez mais à medida que as famílias se desvencilhem de preconceitos e apoiem os meninos que querem dançar. A dança só traz benefícios”, disse.
No local são oferecidas aulas práticas e teóricas, tendo o ballet clássico como eixo central e disciplinas extras como jazz, dança contemporânea, musicalização, circo, ponta e etc. A carga horária e disposição das aulas variam conforme a série. “A formação da bailarina é longa e dura em média 11 anos”, explica Anderaos.
Para ingressar o Núcleo, é necessário participar de uma seletiva, que acontece em janeiro. De acordo com Ariane, os candidatos são avaliados separadamente, onde são analisados aspectos físicos como flexibilidade, alinhamento ósseo e potencial de desenvolvimento físico.
Expectativas
Para a diretora, a estrutura oferecida pela administração municipal é um diferencial para o êxito do projeto, dando a Barueri a possibilidade de se tornar referência em dança. “Em longo prazo acredito que o Núcleo vai revelar muitos talentos e trazer muito orgulho para o município. Vamos formar o corpo de baile da cidade, enquanto educamos por meio dança centenas de crianças”, disse.
Além de transformar a vida dos alunos, tanto no âmbito da saúde, como no profissional e pessoal, as ações no Núcleo geram reflexos entre os munícipes. “Para a cidade, cria uma agenda cultural maior, com os espetáculos e festivais que recebemos e ofertamos”, finaliza Ariane.