O governo de São Paulo anunciou uma redução de 19,8% a 35,5% nas tarifas de pedágio em rodovias dos lotes Sorocabana e Nova Raposo, concedidas recentemente à iniciativa privada. A redução atinge principalmente as rodovias Castello Branco e Raposo Tavares e será válida a partir do dia 30, quando a Ecovias assume a operação das rodovias. A revisão nas tarifas atuais estava prevista, já que essas rotas vão ganhar um número maior de pedágios ao longo da concessão, passando a ter cobrança por trecho percorrido.
A gestão estadual afirma que, embora o número de pedágios vá aumentar, o custo da tarifa vai diminuir, uma vez que os valores por pórtico serão menores e a soma dará um valor inferior ao cobrado atualmente. A redução foi aprovada em reunidão de diretoria da Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e será publicada na edição do Diário Oficial de segunda-feira (24).
No lote Nova Raposo, em Osasco, no km 18,920 da SP-280, a tarifa passa de R$ 5,90 para R$ 3,80 nas cabines automáticas (-35,5%) e para R$ 4,00 nas cabines manuais (-32,2%). Em Barueri, no km 20,545 da SP-280, os valores reduzem de R$ 5,90 para R$ 3,80 nas automáticas (-35,5%) e para R$ 4,00 nas manuais (-32,2%). Já em Itapevi, no km 33,420 da SP-280, a tarifa será reduzida de R$ 11,80 para R$ 8,93 nas automáticas (-24,3%) e para R$ 9,40 nas manuais (-20,3%). Os novos valores entram em vigor no dia 30.
Entenda a redução
O fim da tarifa quilométrica de sistema, aplicada anteriormente na ViaOeste, resultou em uma redução significativa no valor das tarifas quilométricas de pedágio. A mudança reflete tanto a depreciação dos ativos, que corresponde à perda gradual de valor devido ao uso e desgaste ao longo do tempo. Além disso, há a inclusão de descontos contratuais, como 5% para usuários das cabines automáticas e até 20% para aqueles que aderirem ao Desconto para Usuário Frequente (DUF).
Paralelamente, a redução tarifária nos novos lotes ‘Rota Sorocabana’ e ‘Nova Raposo’ foi definida pelo Poder Concedente e deliberada pela Artesp como parte da política tarifária, com base nos estudos de viabilidade técnica dos projetos. Além disso, a implementação do sistema free-flow distribuirá a cobrança de forma mais proporcional ao longo das rodovias, garantindo uma melhor relação entre distância percorrida e valor pago.