Na noite desta quarta-feira (4), a empresária Lenilda Messias, de 63 anos, foi agredida por policiais militares no Jardim Reginalice, em Barueri. Durante a abordagem, ela foi chutada e empurrada , em mais um episódio de violência policial envolvendo a Polícia Militar do estado.
As agressões ocorreram enquanto o filho de Lenilda, o empresário Juarez Higino de Lima Júnior, estava na garagem de sua casa. Vídeos gravados durante as agressões e compartilhados nas redes sociais mostram Juarez sendo agredido mesmo após já estar imobilizado.
Nas imagens, Lenilda aparece visivelmente abatida, com o rosto sangrando e chorando. Ela foi socorrida e levada ao Pronto-Socorro, e depois encaminhada a uma delegacia. Outros vídeos, postados pela família, mostram um policial aplicando um “mata-leão” em Juarez, enquanto outro o agride com um cacetete.
De acordo com a versão da família, o episódio teve início após uma abordagem a um rapaz de 18 anos, filho de Juarez, que estava com uma moto estacionada em frente à residência. Após o jovem colocar a moto na garagem, os policiais solicitaram apoio de outros agentes e invadiram a casa, tentando retirar o veículo de lá. “Eles arrebentaram o portão e agrediram todos que estavam lá. Não havia justificativa para isso; foi abuso de poder”, disse Bianca de Lara, ex-mulher de Juarez. A família anunciou que irá denunciar o caso à Corregedoria da Polícia Militar. Os PMs fazem parte do 20º Batalhão.
Segundo vizinhos, a garagem da casa abrigava outras motos, além de carros da família e uma moto aquática.
Crescimento da violência policial em SP
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o número de mortes cometidas por policiais militares em serviço no estado de São Paulo cresceu 82% entre janeiro e setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Foram registradas 474 mortes em 2024, contra 261 em 2023.
Em nota, a Polícia Militar disse que “não compactua com desvios de conduta e assegura que qualquer ocorrência envolvendo excessos será investigada e os agentes devidamente punidos”. A Polícia Civil analisa as imagens da ocorrência e investiga todas as circunstâncias dos fatos. O caso foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Militar para apuração e as devidas medidas cabíveis.