A mancha de poluição do Rio Tietê apresentou uma redução de 8 km, quando comparado com o ano anterior, e atualmente tem um trecho de 122 km de água contaminada. Os dados são do projeto Observando os Rios, da Fundação SOS Mata Atlântica e foram divulgados na sexta-feira (21), véspera da celebração do Dia do Rio Tietê.
Apesar da boa notícia, há ainda pouco o que se comemorar. O trecho poluído do rio representa 11% de toda a sua extensão, que conta com 1.100 km no total, sendo que a 22pior parte, considerada composta por águas mortas, está situada entre os municípios de Itaquaquecetuba e Cabreúva.
A redução de 8 km de rio morto, que recuperou condições de qualidade da água em relação ao ciclo anterior (de setembro de 2016 a agosto de 2017), é reflexo das 8 toneladas de esgotos que deixaram de ser lançadas, diariamente, sem tratamento nos rios afluentes do Tietê. Isso por conta da ampliação da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de Barueri, que passou a tratar 12 m³/s de esgotos, o que corresponde ao volume gerado por 5,8 milhões de pessoas.
Até 2017, a ETE tratava 9 m³/s de esgoto. O aumento na remoção de esgoto bruto que deixou de ser lançado no rio trouxe melhoria à qualidade da água no trecho entre Itu e Laranjal Paulista, elevando a média do Índice de Qualidade da Água (IQA) para regular.