No ano passado, aproximadamente 40.198 pessoas foram diagnosticadas com algum tipo de hepatite viral em todo o país, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Entre os três tipos da doença – A, B e C- o último é o que apresenta o maior número de casos, com cerca de 24.460 notificações em 2017.
Em Barueri, os números são baixos, em comparação ao âmbito nacional, porém o tipo C da hepatite também é o que mais atinge a população. Foram registrados 35 casos em 2017 e 14 neste ano. Já as notificações de hepatite B foram de 19 casos no ano passado, e 14 até maio de 2018. Por não ser uma doença compulsória, a Hepatite A somente é notificada quando há surto, o que não ocorreu no município, de acordo com a administração municipal.
Para tentar diminuir os casos da Hepatite C, o Ministério da Saúde anunciou neste mês, onde é celebrada a Luta Mundial Contra as Hepatites Virais, um plano de eliminação da hepatite C até 2030. O intuito é simplificar o diagnóstico, ampliar a testagem e, por conseguinte, número de pessoas em tratamento. Para isso, o órgão pretende adquirir 50 mil novos tratamentos ainda neste ano.
Segundo a diretora do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, o maior desafio da proposta é fazer com que as pessoas sejam diagnosticadas e façam o tratamento. “A hepatite C é uma doença silenciosa. Muitas pessoas estão com o vírus da hepatite C e não apresentam nenhum sintoma, então diagnosticar e tratar é essencial para a qualidade de vida dessas pessoas e também para a saúde pública”, disse.
Prevenção
A cidade realiza, de forma gratuita, o Teste Rápido para a doença. Para realizá-lo, basta se dirigir ao Serviço de Atendimento Especializado (SAE), que fica na Av. Henriqueta Mendes Guerra, 268, Centro.
Além do exame, a rede municipal oferece vacina contra a Hepatite A para crianças menores de quatro anos e imunização contra o tipo B para quem desejar em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s).
As hepatites B e C podem ser transmitidas pelo contato sanguíneo, portanto, recomenda-se não compartilhar objetos pessoais e o uso de preservativos durante relações sexuais.