Edgard Santo Moretti começou projeto no ano passado e hoje é destaque nas redes sociais. O objetivo é publicar livro
Como Mário de Andrade conheceu Anita Malfatti e Oswald de Andrade, cenas das exposições de Anita e de Di Cavalcanti. Essas são apenas algumas das histórias do modernismo retratadas nos quadrinhos feitos pelo morador de Barueri, Edgard Santo Moretti.
O artista começou este projeto no ano passado, mas acabou intensificando a produção durante a quarentena. Hoje seus quadrinhos, que são publicados nas redes sociais, fazem sucesso, principalmente, entre historiadores, professores e interessados em cultura.
“O que escrevo nos quadrinhos são histórias verídicas retiradas de periódicos e de livros que pesquiso. Eles são desenhados em estilo tradicional e contam histórias desses modernistas paulistas desde a exposição de Anita Malfatti em 1917 até a semana de arte moderna de 1922, que fará 100 anos em 2022”, explicou Edgard.
Segundo o morador de Barueri, o objetivo é reunir esses quadrinhos e publicar um livro. “Agora estou montando um roteiro para lançar essas páginas. Cada uma delas será um episódio do modernismo. Já estou falando com algumas editoras”, detalhou.
Para conferir as histórias é só acessar a página (www.facebook.com/Pe- dacosDeSampa).
Carreira
Morador de Barueri há 25 anos, Edgard é formado pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Sua paixão pela cultura nasceu quando ainda era criança. “Eu tinha um irmão, que já faleceu, e lembro que ele sempre desenhava em um caderno e um dia eu vi este material e achei maravilhoso e quis fazer também. Daí para frente não parei”, explicou.
Durante a sua carreira, o artista concorreu a diferentes salões de artes, ganhou prêmios e participou de muitas exposições. “Uma das mais marcantes foi uma exposição no Painel ABCA, no MAC, que me projetou em Barueri”, disse.
Na cidade, Edgard foi professor de artes nas escolas culturais e foi diretor da Pinacoteca da Secretaria de Cultura de Barueri de 2013 a 2019, organizando agenda de exposições e conservando cerca de 450 obras de arte. “Olhar para trás e ver tudo isso é muito legal e importante para mim”, destacou.