Os efeitos da crise econômica foram fortes em todas as cidades, mas, em parte, contribuíram para o aumento do peso da região oeste como uma das mais importantes na Grande São Paulo.
É o que mostra estudo da Fundação Seade, divulgado nas últimas semanas, sobre a evolução dos PIBs municipais entre 2002 e 2014. Enquanto outras potências foram diretamente afetadas pela queda na produção industrial, modelos de negócios presentes em cidades como Barueri e Osasco, fizeram a região ampliar sua presença nas riquezas produzidas.
Com sua atividade concentrada em serviços, a chamada sub-região oeste ampliou sua participação no PIB metropolitano de 9,7%, em 2002, para 12,7%, em 2014, último ano avaliado.
Contemplam a avaliação Barueri, Osasco, Santana de Parnaíba, Carapicuíba, Itapevi, Jandira e Pirapora do Bom Jesus – todas registraram crescimento. Cotia, nesta avaliação, pertence a outra sub-região.
Esse salto é verificado principalmente no caso osasquense, que pulou da sexta para a segunda colocação em todo o estado, ao produzir R$ 58 bilhões. O motivo é o setor de serviços e o fato de ser a sede de uma instituição financeira. “Osasco teve forte avanço, se beneficiando de ser município com alto grau de concentração das atividades de intermediação financeira”, diz o estudo.
Com essa situação, o município ultrapassou outras potências do estado como São Bernardo do Campo, impactada pela crise no setor da indústria automobilística. O principal município do ABC paulista também perdeu espaço para Barueri, com R$ 46 bilhões em riquezas produzidas.
Os baruerienses também encorparam os números por conta das transações financeiras, além do avanço em áreas de tecnologia, call centers e softwares.
O levantamento também aponta uma forte concentração na Grande São Paulo. A capital ao lado de São Bernardo do Campo, Guarulhos, Osasco e Barueri somaram participação de mais de 80% no PIB regional