Encerrada a discussão sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), a Câmara dos Deputados deve decidir se avançará ou não na reforma política. Na avaliação de deputados da região oeste, a tendência é que o chamado ‘distritão’ seja adotado para 2018 o que mudaria a forma como os parlamentares são eleitos.
Os deputados estaduais não apoiam completamente a ideia, mas consideram que pode ser benéfica. Com a medida, entrariam na Assembleia Legislativa, por exemplo, os 94 mais votados no estado. Atualmente, a votação é proporcional a quantidade de votos atingida pelo partido.
O atual modelo é criticado por permitir que candidatos com grandes votações fiquem de fora, enquanto menos votados entram. Por outro lado, o fim do proporcional deve enfraquecer os partidos.
“Acho que o melhor para mim seria o distrital misto, porque você pega sua região para fazer campanha, 93% dos votos que recebi vieram da minha região, isso barateia muito a campanha. O distritão é uma campanha muito cara, pois será no estado inteiro”, avaliou Marcio Camargo (PSC).
O distrital misto dividiria a campanha em dois modos. O atual, com votação proporcional, mas também eleições divididas por regiões para escolher um representante. “Eu particularmente prefiro do distrital misto, mas já que para isso precisa de transição, a mudança [para o distritão] vem em boa hora”, diz João Caramez (PSDB).
Reforma será votada até setembro
A adoção do distritão ganhou força após a ideia de fazer a chamada lista fechada ter sido enterrada na Câmara dos Deputados, pelas críticas de deixar apenas na mãos dos partidos quem seriam os deputados eleitos. A reforma para valer tem que ser votada até o fim do próximo mês.