Para promover um atendimento humanizado e de qualidade, o Hospital Municipal de Barueri (HMB) reservou quatro leitos especialmente dedicados a pacientes com sintomas de doenças graves que ameaçam a continuidade da vida ou que estejam acometidos com patologias em estágio terminal. O espaço faz parte do serviço de cuidados paliativos, que desde março de 2018 é disponibilizado na unidade de saúde.
Segundo a coordenadora de Cuidados Paliativos do hospital, Vânia Zito, ao todo, já foram atendidos no local mais de 200 pacientes. “Esse tipo de cuidado compreende uma abordagem de assistência ao paciente sem possibilidades de cura e também de sua família. Proporcionando, assim, cuidados assistenciais que têm como objetivo uma melhor qualidade de vida e alívio do sofrimento imposto pela doença”, explica.
Os trabalhos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros, que tem como desafio avaliar e tratar da dor e outros sintomas físicos pertinentes à sua doença, assim como os aspectos sociais, psicológicos e espirituais. “O médico titular solicita avaliação da nossa equipe e, conjuntamente, conduzimos todo o processo do cuidar”, conta Vânia.
Ainda de acordo com a coordenadora, a dignidade na condução do tratamento da doença crônica é um dos maiores objetivos dos prestadores de cuidados paliativos. “A revista médica “Journal of Clinical Oncology” publicou um estudo no qual constatou -se que a taxa de sobrevida um ano após o início do teste era de 63% para os pacientes que começaram a receber cuidados paliativos logo de cara, enquanto para os pacientes que tiveram um atraso de três meses a taxa foi de 48% de sobrevida”, atesta.
Família
Além de cuidar dos pacientes em estágio terminal, os profissionais que exercer os cuidados paliativos também são responsáveis pelos acolhimentos dos familiares. “Costumamos dizer que quando alguém muito querido fica doente, a família acaba adoecendo também. Para tanto, a abrangência do nosso cuidar estende-se aos familiares. Também cuidamos de quem cuida”, diz Vânia.
O acolhimento se dá por meio de atendimento psicológico e, caso necessário, consulta médica.